Na passada quinta-feira, a DIMSCALE reuniu via Skype com a equipa de trabalho Arrebita. O objetivo da reunião era discutir com a equipa as soluções construtivas mais adequadas a aplicar no projeto, tendo em conta a sua funcionalidade, qualidade e custo.
Living Box, protótipo 3D feito pela equipa Arrebita |
A equipa tem vindo a desenvolver uma ideia que assenta na criação de unidades modulares nos diferentes pisos. Esta ideia procurará dotar cada piso de estruturas ao nível de instalações sanitárias, cozinha, zona de lavandaria e zonas de arrumos. A equipa desenhou um protótipo a ser instalado sensivelmente no centro de cada piso. Desta forma, ficam centralizadas todas as instalações especiais, reduzindo o custo das redes necessárias, e criando ao mesmo tempo uma redução da área ocupada aumento do espaço disponibilizado ao restante programa (habitação social, escritórios, etc.). Estas unidades poderão diferir de piso para piso, consoante as necessidades, havendo a possibilidade num dos módulos criar um nível superior. Esta ideia será exequível após o aumento do pé direito (altura) do último piso, através da eliminação do revestimento do teto.
Grande parte da reunião centrou-se na discussão das melhores soluções construtivas para estas unidades, tendo em atenção as implicações da sua funcionalidade e custo. Igualmente foi definida prioridade para a escolha de materiais de origem portuguesa. Foi sugerida pela DIMSCALE a utilização de diversos materiais como placas de Valchromat ou Viroc. A dimensão das unidades deverá ter em conta a otimização do tamanho total das placas deste material, de forma a não haver desperdícios desnecessários do mesmo.
Valchromat |
Viroc |
A equipa colocou a possibilidade de ser utilizado placas de contraplacado como alternativa ao Valchromat e ao Viroc: esta é uma solução que pelas suas características pode não se apresentar como a mais indicada.
Em termos de estrutura para estas unidades, foi recomendado a aplicação do aço ou madeira, como exemplos de elementos estruturais. A DIMSCALE falou das vantagens e desvantagens, bem como o custo associado a cada solução. Abordou-se também a questão das cofragens, tendo sido proposto pela equipa a utilização de cofragens em segunda mão. Além de poder ser difícil a angariação destes materiais em segunda mão e em bom estado, esta solução implica a utilização de materiais não uniformes ao nível estético.
No que respeita às zonas de copa, serão tidas em linha de conta as possibilidades de utilizar cozinhas pré-fabricadas e/ou já equipadas de origem.
Por sua vez, para as casas-de-banho , além da questão relacionada com a utilização dos acabamentos em Viroc, foi abordada a possibilidade de utilizar loiças sanitárias suspensas, de modo a fazer uma gestão mais eficaz dos materiais que irão fazer parte do pavimento.
Exemplo de loiça sanitária suspensa |
Para efeitos decorativos, foi abordada a possibilidade de recolha de azulejos antigos portugueses para aplicação pontual em diferentes zonas destas unidades.
Foram também abordadas outras áreas constituintes do edifício. Um dos principais problemas do edifício é a sua iluminação natural, dado que apenas possui uma fachada. A equipa propôs a solução da utilização vidro em algumas áreas, de forma a que a luz natural possa circular mais eficazmente pelo edifício, com destaque para a parede da caixa reservada à escadaria e para o pavimento do rés-de-chão/teto da cave. Esta é, na nossa opinião, uma boa solução, já que resolve um dos principais problemas do edifício, acrescentando qualidade e funcionalidade ao projeto. E, apesar de ser uma solução relativamente cara, torna-se rentável por ser aplicável em zonas de pequena dimensão e pelo valor que acrescenta ao programa ao nível funcional e conceptual. Para esta vertente, foi sugerido vidro laminado com impressão direta, da WidinGlass.
Exemplo de pavimento em vidro |
Uma das questões que tem vindo a ser discutida é a reutilização ou substituição das janelas da fachada. A equipa pretende salvaguardar ao máximo o aspeto original do edifício, passando a solução pela reparação da janela e pela aplicação de uma segunda janela interior, de modo a que se cumpram requisitos térmicos e acústicos. A DIMSCALE alertou para os custos adjacentes a um processo destes, já que implica custos referentes à reparação das janelas existentes, aquisição de novas estruturas e posterior aplicação. Esta aplicação será também dificultada pela pouca espessura da parede (10 cm), podendo também não ser uma solução prática na sua utilização e pouco apelativa ao nível estético. A alternativa seria a reprodução do aspeto original das janelas existentes em janelas novas que já cumpram todos asnormas vigentes. Esta será uma questão que, como todas as restantes, continuaremos a trabalhar com a equipa.
Janelas do edifício |
Abordámos também a questão do isolamento térmico e acústico do edifício (isolamentos gerais e isolamentos entre pisos). Iremos, junto de empresa especializada na área, analisar o possível interesse desta em participar no projeto, para posteriormente apresentarmos as suas soluções à equipa. Foram introduzidas á equipa algumas soluções existentes no mercado, tais como placas de isolamento que permitem colocar a estrutura dos pavimentos/tetos à vista ou placas que possam funcionar também elas como acabamento final, não havendo assim necessidade de recorrer a um segundo material (tais como tetos falsos).
Algumas necessidades de isolamentos térmicos e acústicos |
No que respeita ao telhado do edifício, composta por telhas tipo Marselha, falou-se da necessidade de fazer levantamento do mesmo, aproveitar o maior número possível de telhas em bom estado e substituir as restantes por telhas novas. Existe também a necessidade de instalar de raíz sistema de recolha de águas pluviais, já que o edifício não apresenta um sistema funcional.
Telhado do edifício |
Por último, abordou-se a problemática da estrutura do pavimento do rés-do-chão/teto da cave, que se encontra em muito mau estado, tendo necessidade de substituição integral. Aconselhámos a adoção de uma estrutura em aço, por ser uma solução mais fiável, prática e com uma rentabilidade a longo prazo superior. Esta questão terá que ser trabalhada com o parceiro NCREP, responsável pelas trabalhos de reforço/substituição das estruturas do edifício.
No próximo Open Working Day, a acontecer já no dia 9 de Maio (quarta-feira), serão discutidas com mais pormenor estas questões.
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